Nesta foto estou no topo do Pico da Bandeira - 2.892 metros de altitude (ES)
Os seres humanos desde sua existência adoram uma montanha, uma aventura qualquer. Se ver uma, quer logo subir, ir, alcançar o topo. Quer saber o que vem depois. Isso faz parte de sua essência. É o óbvio escondido por de trás da fantasia, da máscara. Somos criados para alcançar o alto, alcançar nossos próprios limites, objetivos e nos melhorar a cada milissegundo.
Nesta foto estou no topo do Pico das Agulhas Negras - 2.791 metros de altitude (RJ)
É incrível observar com detalhe um grupo de pessoas percorrendo uma trilha, tentando alcançar o topo de uma montanha. Já vi de tudo: Alegrias exaltadas, desesperos incontroláveis, neuroses e muitas outras loucuras. Mas no final o resultado é sempre o mesmo, eu escuto sempre, exatamente, as mesmas palavras sendo emitidas ao céu: "Muito obrigado..."
Região de Agulhas Negras - Itatiaia - Inverno - Rio de Janeiro
Pode-se observar dezenas de comportamentos diferentes, e o mais claro é que se pode ver nitidamente a mudança de cada um ao decorrer da aventura. A mudança é:
"Todos esses que aí estão atravancando o meu caminho. Eles passarão… Eu passarinho!" - (Mario Quintana)
Nesta foto alcançamos o topo do Corcovado (Estátua do Cristo Redentor) - RJ
Hoje em dia está predominando um padrão assustador: A maioria das pessoas tem dificuldades para ir a uma padaria do lado de casa, que talvez, para realizar essa proeza ele precise de apenas uns 5 ou 10 minutos de caminhada. Mas na montanha é diferente. É como se uma trilha fosse mágica.
Nesta foto estou no Por do Sol no topo da Pedra do Sino - Teresópolis - 2.275 metros de altitude
Aquele cidadão que tem problemas para ir a padaria, de repente você olha, e está com super poderes. Começa igual uma lesma envergonhada, e termina como um Puma Negro das montanhas. É engraçado mas é muito sério. É bonito ver as pessoas se ajoelhando perante a sua própria decisão. Todos iniciam uma trilha sabendo que vão andar horas, e mais horas, subindo... e subindo.
Subindo o Pico da Tijuca - Rio de Janeiro - 1.021 metros
"Continue a nadar, continue a nadar..." -- Dori
Agora imagine tudo que a pessoa precisa deixar para trás. Quantifique as "tralhas" que cada um abandona para conseguir subir. Repito: tralhas, e SUBIR.
Na travessia Petrópolis x Teresópolis - Altitude média de 2.000 metros
Primeiro começa largando a PREGUIÇA para trás. Só essa pesa 10 toneladas na mochila da vida. Depois deixa o MEDO lá pra trás, menos 5 toneladas. Depois abandona AS DESCULPAS mentirosas, menos 1 tonelada. E aí por final, encara a missão e ganha todo peso jogado fora revertido em potência, luz e força.
Subindo "As prateleiras" da região das Agulhas Negras - Itatiaia - 2.548 metros
Uma morro pode demorar 2 horas para subir e descer. Pode ser necessário 20 horas ou até dias para se alcançar o topo de uma montanha. Uma travessia pode levar dias para se chegar ao fim.
Escalada no Pão de Açucar - Rio de Janeiro - 396 metros
Em uma aventura pelo mundo das montanhas de apenas um dia, quando você menos percebe, você já caminhou dezenas de horas. Agora eu te pergunto? O que aconteceu durante essa dezena de horas? Onde você esteve durante essa dezena de horas? Como você não percebeu tamanha proeza? Pense nisso!
Ao fundo o Dedo de Deus, durante a travessia Petrópolis x Teresópolils
Todo mundo começa quando tem que começar. No meu caso foi bem cedo, aos 7 anos de idade já estava subindo minha primeira montanha. E dizem hoje que é uma montanha bem difícil, a Maria Cumprida. Mas de toda forma o interessante é começar. Eu mesmo realizo muitas trilhas e não cobro nada. Vem comigo na próxima!
Minha primeira montanha alta aos meus 15 anos - Agulhas Negras
Enfim, lembre-se, de lá só se leva as lembranças ou fotos e, se possível, não deixe nem pegadas.