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Quinta, 27 Dezembro 2018 13:50

Biblioteca Parque abriga acervo de livros raros

Coluna
Biblioteca Parque abriga acervo de livros raros Fotos: Paulo Vitor

Coleção Guanabarina reúne publicações a partir do século XVI.


 Por Governo do Rio de Janeiro

A moderna Biblioteca Parque do Estado, abriga preciosos registros sobre a cidade

A moderna Biblioteca Parque do Estado, no Centro do Rio, abriga preciosos registros sobre a cidade do Rio de Janeiro, desde a chegada da Corte, em 1808, além de livros e imagens trazidos pela Família Real e algumas publicações do século XVI. Os itens fazem parte da Coleção Guanabarina, que reúne cerca de 11 mil publicações.

Pela quantidade de obras raras e pela antiguidade de boa parte dos itens, o acesso à Guanabarina é restrito.

"Para liberarmos a pesquisa, temos que saber a que instituição pertence o pesquisador e qual é o objetivo da pesquisa. Para manusear o material, é necessário utilizar luvas, máscara cirúrgica e ter o acompanhamento de um bibliotecário" – explicou Maria da Conceição Quintanilha, do Sistema Estadual de Bibliotecas, e que durante muitos anos foi a responsável por esse acervo.

A coleção de livros do escritor deu a origem à Guanabarina

A coleção de livros do escritor, jornalista e historiador Francisco Ferreira da Rosa, doada ao Estado em 1957, deu a origem à Guanabarina. A maioria dos livros de Ferreira da Rosa, autor do Memorial do Rio de Janeiro, entre outras obras, era justamente a história do Rio de Janeiro. Outros livros vieram, e as publicações mais antigas, na sua maioria vinda de Portugal com a comitiva de Dom João VI, também ficam na Guanabarina, no cofre: separadas por uma porta de vidro trancada.

Nas visitas escolares, é apresentada a sessão às crianças apenas através das paredes de vidro, onde é mostrada a importância da coleção. O zelo é constante, com relação à temperatura e outros cuidados que garantam a preservação das obras.

"Investimos na preservação. Compramos desumidificadores, além de fazermos dedetização periódica" – explicou o bibliotecário Rodrigo Mazzuca.

Publicações raras passam por processo de organização

Atualmente, a equipe da Biblioteca Parque está inventariando toda a coleção de obras raras, fotografias, mapas, cartas e ilustrações. Só de fotos que mostram as transformações da cidade – como a sofrida no período do prefeito Pereira Passos, no início do século XX – são mais de 500 peças. Do acervo sobre a cidade, um dos livros mais consultados é As Freguesias do Rio Antigo, que conta a história das antigas fazendas que se transformaram em freguesias e depois se fracionaram em bairros.

Há documentos também de municípios, como Vassouras, importante por sua cultura do café no passado, e a cidade de Petrópolis, ainda hoje com laços que a ligam à Família Imperial.

De periódicos, se destacam as revistas A Cenna Muda, Fatos & Fotos e Careta, que circularam entre 1909 e 1960. Dos livros que hoje estão no cofre, há obras a partir dos anos de 1500, como a do filósofo francês Gilherme Budai, de 1521: tão rara que nem a Biblioteca Nacional da França possui um exemplar; o livro do arquiteto italiano Cavalieri, do início do século XVIII, com ilustrações de projetos de esculturas e peças arquitetônicas feitas para o Vaticano; vários tomos dos Sermões do padre Antônio Vieira, escritos entre 1854 e 1857; uma edição dos Lusíadas, de Luís de Camões, de 1898; Romeu e Julieta, de Shakespeare, de 1872; uma edição especial das poesias do português Francisco de Sá de Miranda; e o Código Phillipino – Ordenações e Leis de Portugal, de 1870, onde há pedidos de permissão à Santa Inquisição e que foi a base das nossas primeiras legislações.

Sobre a biblioteca

No final do século XIX, os políticos presentearam Dom Pedro II com uma biblioteca pública. Em março de 1873, a biblioteca foi instituída – no local que ocupa hoje. Com o tempo, fechou, mudou de lugar e passou por algumas transformações. Em 1984, o local sofreu um grande incêndio. A única coleção que saiu intacta foi a Guanabarina.



luciano
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Luciano Azevedo (Fundador e mantenedor)
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