Siga nosso Instagram Siga nossa fanpage Siga nosso Twitter Siga nosso Youtube

O estado do Rio em suas mãos 

Quarta, 18 Abril 2018 11:00

Museu do Amanhã no Rio de Janeiro. O lugar perfeito para interagir, sentir e pensar.

Coluna
Museu do Amanhã no Rio de Janeiro. O lugar perfeito para interagir, sentir e pensar. foto: George Cambeiro

Pode um museu ter como acervo as possibilidades do amanhã? No Museu do Amanhã, essa pergunta se dilui por suas exposições.


Tanto na exibição principal quanto nas temporárias há experiências para o público ver, sentir, interagir, fruir. O objetivo maior, no entanto, é provocar – fazer perguntas mais do que respondê-las. E, atravessando todo este diálogo, está presente um convite essencial do Museu a seus visitantes: vamos, juntos, construir os Amanhãs que queremos.

De onde viemos? Para onde vamos?

O percurso da Exposição Principal simboliza este convite. No segundo andar do Museu, o público percorre uma narrativa multimídia estruturada em cinco grandes momentos – Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós –, cada um encarnando grandes perguntas que a humanidade sempre se fez – De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos ir?

O conteúdo da Exposição Principal foi elaborado por um time de mais de 30 consultores brasileiros e estrangeiros de diversas áreas. O Museu também tem parcerias com algumas das principais instituições da ciência do Brasil e do mundo, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Massachusetts Institute of Techonology (MIT).

Nos espaços reservados às exposições temporárias, o Museu do Amanhã apresenta, já em sua inauguração, duas: “Perimetral” – uma videoinstalação sobre a implosão do elevado que durante décadas marcou a paisagem urbana da Região Portuária – e “É Permitido Permitir”, que reúne três projetos do Superflex, coletivo de artistas dinamarqueses.

Em sua mais simbólica atividade, o “Passeio das Baratas”, o Superflex põe o visitante para percorrer o Museu na perspectiva dos insetos que habitam a Terra há 300 milhões de anos e, possivelmente, continuarão por aqui muito tempo depois de nós, humanos. A experiência questiona a própria ideia do Amanhã: “Amanhã para quem?”, provocam as baratas. As perguntas, sempre elas.

O radar do Museu

O Observatório do Amanhã funciona como um radar do Museu do Amanhã, recebendo e repercutindo informações de centros produtores de conhecimento em ciência, cultura e tecnologia do Brasil e do mundo.

O espaço é também é um legitimador dos conteúdos das exposições, ao manter as exposições constantemente atualizadas com informações científicas. E tem, ainda, o papel de incentivar o debate de ideias e visões sobre os temas pertinentes ao Museu.

“O Observatório tem a incessante missão de perguntar: quais são as grandes oportunidades e ameaças para a sociedade nos próximos 50 anos?”, resume o diretor do Observatório, o historiador da ciência Alfredo Tolmasquim.

A atualização de conteúdo do museu se dá de duas maneiras. Uma é feita pelo sistema Cérebro, que se conecta a instituições de referência em todo o mundo para garantir que os dados da exposição principal estejam atualizados.

Na segunda forma de atuação do Observatório, a equipe acompanha tendências e procura perceber questões que possam vir a ser incorporados nas experiências do museu. São temas “portadores de futuro”, como define o diretor.

O Observatório do Amanhã atua também como emissor de conhecimento e de debate. Atenta aos temas mais urgentes e atuais da sociedade, a área terá o objetivo de promover reflexões e constantemente disseminar conhecimento, em eventos, debates, palestras online e todo tipo de encontro de ideias, recebendo convidados e promovendo intercâmbios com uma rede de instituições parceiras, como a Academia Brasileira de Ciência e a International Union for Conservation of Nature (IUCN).

“Ao ter acesso a descobertas e resultados de pesquisas de algumas das mais importantes organizações científicas do Brasil e do mundo, o Observatório permite que o público se aprofunde nos principais temas do Museu”, diz Charles Kent, diretor da Smarter Future LLC, juntamente com Mary Kent. A empresa participou do desenvolvimento do conceito do Observatório e do estabelecimento de parcerias com instituições científicas.

O Observatório inicia suas atividades apresentado pela BG Brasil, mantenedora do Museu. 

Um lugar para experimentar

Atento ao impacto dos avanços tecnológicos e às transformações que eles promovem na sociedade, o Museu do Amanhã desenvolveu uma área especialmente dedicada à inovação e à experimentação: o Laboratório de Atividades do Amanhã (LAA).

O LAA tem dois focos principais de atuação: os efeitos e resultados das tecnologias exponenciais – como inteligência artificial, internet das coisas, robótica, genômica, impressão 3D, nano e biotecnologia – e o futuro de determinados temas, como trabalho, urbanização, fabricação e alimentação

Para desenvolver esses tópicos, o espaço desdobra-se em quatro frentes de atuação: educação, atividades, programa de residência criativa e exposições. Na área de educação, os cursos se dirigem a vários públicos, explorando desde a internet das coisas e os dispositivos vestíveis até introdução à robótica e eletrônica, e conexão digital para idosos.

Entre suas atividades, o LAA vai oferecer palestras, grupos de discussão e encontros, além de ações da chamada ‘ciência cidadã’, na qual pessoas sem formação científica trabalham em conjunto com especialistas para desenvolver pesquisas sobre problemas locais e globais. Além disso, vai promover desafios, chamadas criativas e maratonas de programação de softwares. 

O programa de residência criativa do LAA vai selecionar inovadores de todo o mundo para que, durante um período de um a três meses, trabalhem em projetos emergentes em sua área de atuação. Os participantes serão escolhidos pela qualidade do trabalho, pela capacidade de promover impactos sociais ou ambientais e pela habilidade de desenvolver projetos em ambientes transdisciplinares. O laboratório também será uma plataforma para pesquisadores, startups, empresas e criativos compartilharem projetos e ideias.

Em suas mostras temporárias, o espaço vai exibir protótipos e estudos sobre novos materiais, além de criações de artistas nacionais e internacionais. A estreia será com os dinamarqueses do coletivo de arte Superflex, que exibem seu trabalho no Rio pela primeira vez. Eles trazem a intervenção Free Beer, que discute os conceitos de open source a partir do desenvolvimento e aprimoramento de uma receita de cerveja artesanal; a interativa Copylight Factory, que trata da questão de direitos autorais por meio da produção de luminárias; e ainda o Passeio das Baratas, atividade que percorre todo o museu e terá integração com o educativo.

O Laboratório de Atividades do Amanhã é apresentado pelo Banco Santander, patrocinador máster do Museu do Amanhã. Além do seu espaço físico, o LAA traz propostas de intervenções em diferentes áreas do Museu – como espelho d’água, jardim, subsolo, loja, fachada, restaurante e seu exterior. 

 

Um canal de diálogo

O Programa de Educação do Museu do Amanhã tem capacidade para receber 90 mil pessoas por ano, com o desafio de que cada uma das visitas seja um encontro para refletir juntos sobre os amanhãs possíveis. Conta com uma equipe interdisciplinar para a realização de visitas mediadas e escolares e propõe eixos temáticos para o debate dos professores com os alunos, trazendo as questões abordadas no Museu, sua arquitetura, a Baía de Guanabara e a região histórica do entorno.

As atividades educativas foram concebidas para incluir e conectar pessoas de diferentes faixas etárias, formações, regiões geográficas e contextos socioeconômicos. Em “Minha avó também faz ciência”, crianças e idosos são convidados a participar de atividades conjuntas, unindo saberes de diferentes formações e épocas, mostrando que o aprendizado é um processo constante.

Já o fórum de debates “Manifestação” reunirá jovens para refletir sobre o Amanhã, com encontros que podem culminar com uma festa na Praça Mauá, em frente ao Museu. No curso modular “Por dentro do Amanhã”, cada experiência do Museu será aprofundada. O programa de acessibilidade, por sua vez, utilizará audioguias, videoguias, visitas em libras e maquetes táteis.

O programa educativo inicia suas atividades apresentado pela BG Brasil, também mantenedora do Museu. Antes mesmo de sua inauguração, o Museu do Amanhã já promoveu atividades de formação com professores de diferentes municípios do estado do Rio de Janeiro. 

A partir dos ambientes e das experiências do Museu, foram propostos debates com os professores sobre temas como a relação do homem com o ambiente, consumo sustentável, superpopulação, desigualdade, multiculturalidade, saúde, novas tecnologias e mundo do trabalho. 

Também são objeto de estudo a área externa do edifício, a Baía de Guanabara e a região histórica onde o museu está localizado, a chamada Pequena África.

“Nosso trabalho tem como norte a formação em Ciência e Cultura. O objetivo é incentivar o desenvolvimento do pensamento científico, sempre desmitificando a ciência e aproximando-a do cotidiano”, diz a gerente de Educação do Museu, Melina Almada.

Mais informações 

Endereço

Praça Mauá, 1 - Centro. Rio de Janeiro, RJ - CEP: 20081-262
Evite ir de carro, não há estacionamento no Museu do Amanhã.
A estação de metrô mais próxima é a Uruguaiana.

Horário de funcionamento

  • O Museu do Amanhã está aberto de terça a domingo das 10h às 18h, com encerramento da bilheteria às 17h;
  • O Museu e suas dependências estão fechados às segundas-feiras;
  • O café e a loja do Museu funcionam de terça a domingo, das 10h às 18h.
     

Ingressos

  • Venda online: clique aqui.
  • Formas de pagamento: dinheiro e cartão de crédito ou débito.​ 

Meia-entrada 

  • Pessoas com até 21 anos;
  • Estudantes de escolas particulares;
  • Estudantes de universidades particulares e públicas;
  • Pessoas com deficiência;
  • Servidores públicos do município do Rio de Janeiro;
  • Moradores ou naturais da cidade do Rio de Janeiro; 
  • Clientes Santander.
     

Gratuidade

  • Estudantes da rede pública de ensino fundamental e médio;
  • Professores da rede pública de ensino e de universidades públicas;
  • Pessoas com até 5 anos ou a partir de 60 anos;
  • Funcionários de museus ou associados do ICOM com selo da anuidade; 
  • Guias de turismo;
  • Vizinhos do Amanhã.
     

Acessibilidade

O Museu dispõe de pisos táteis, rampas, cadeiras de rodas, banheiros adaptados e fraldários.
 

Filas de entrada

  • O Museu do Amanhã está sujeito a lotação;
  • Para oferecer uma visita confortável, zelar pela segurança do prédio e respeitar o horário de funcionamento, o Museu encerra suas filas com a antecedência necessária para que todos possam entrar até o fechamento das vendas na bilheteria;

Site

museudoamanha.org.br

fonte Museu do Amanhã

 


Museu do Amanhã no Rio de Janeiro. O lugar perfeito para interagir, sentir e pensar. no Mapa Interativo


    luciano
    "Integrando os 92 municípios do estado"
    Luciano Azevedo (Fundador e mantenedor)
    LEIA O EDITORIAL

    Amigos da Destinos do Rio

    Conheça as prefeituras, projetos, empresas, instituições, agências e assessorias da rede de colaboração de conteúdo.