Tanto na exibição principal quanto nas temporárias há experiências para o público ver, sentir, interagir, fruir. O objetivo maior, no entanto, é provocar – fazer perguntas mais do que respondê-las. E, atravessando todo este diálogo, está presente um convite essencial do Museu a seus visitantes: vamos, juntos, construir os Amanhãs que queremos.
De onde viemos? Para onde vamos?
O percurso da Exposição Principal simboliza este convite. No segundo andar do Museu, o público percorre uma narrativa multimídia estruturada em cinco grandes momentos – Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós –, cada um encarnando grandes perguntas que a humanidade sempre se fez – De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos ir?
O conteúdo da Exposição Principal foi elaborado por um time de mais de 30 consultores brasileiros e estrangeiros de diversas áreas. O Museu também tem parcerias com algumas das principais instituições da ciência do Brasil e do mundo, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Massachusetts Institute of Techonology (MIT).
Nos espaços reservados às exposições temporárias, o Museu do Amanhã apresenta, já em sua inauguração, duas: “Perimetral” – uma videoinstalação sobre a implosão do elevado que durante décadas marcou a paisagem urbana da Região Portuária – e “É Permitido Permitir”, que reúne três projetos do Superflex, coletivo de artistas dinamarqueses.
Em sua mais simbólica atividade, o “Passeio das Baratas”, o Superflex põe o visitante para percorrer o Museu na perspectiva dos insetos que habitam a Terra há 300 milhões de anos e, possivelmente, continuarão por aqui muito tempo depois de nós, humanos. A experiência questiona a própria ideia do Amanhã: “Amanhã para quem?”, provocam as baratas. As perguntas, sempre elas.
O radar do Museu
O Observatório do Amanhã funciona como um radar do Museu do Amanhã, recebendo e repercutindo informações de centros produtores de conhecimento em ciência, cultura e tecnologia do Brasil e do mundo.
O espaço é também é um legitimador dos conteúdos das exposições, ao manter as exposições constantemente atualizadas com informações científicas. E tem, ainda, o papel de incentivar o debate de ideias e visões sobre os temas pertinentes ao Museu.
“O Observatório tem a incessante missão de perguntar: quais são as grandes oportunidades e ameaças para a sociedade nos próximos 50 anos?”, resume o diretor do Observatório, o historiador da ciência Alfredo Tolmasquim.
A atualização de conteúdo do museu se dá de duas maneiras. Uma é feita pelo sistema Cérebro, que se conecta a instituições de referência em todo o mundo para garantir que os dados da exposição principal estejam atualizados.
Na segunda forma de atuação do Observatório, a equipe acompanha tendências e procura perceber questões que possam vir a ser incorporados nas experiências do museu. São temas “portadores de futuro”, como define o diretor.
O Observatório do Amanhã atua também como emissor de conhecimento e de debate. Atenta aos temas mais urgentes e atuais da sociedade, a área terá o objetivo de promover reflexões e constantemente disseminar conhecimento, em eventos, debates, palestras online e todo tipo de encontro de ideias, recebendo convidados e promovendo intercâmbios com uma rede de instituições parceiras, como a Academia Brasileira de Ciência e a International Union for Conservation of Nature (IUCN).
“Ao ter acesso a descobertas e resultados de pesquisas de algumas das mais importantes organizações científicas do Brasil e do mundo, o Observatório permite que o público se aprofunde nos principais temas do Museu”, diz Charles Kent, diretor da Smarter Future LLC, juntamente com Mary Kent. A empresa participou do desenvolvimento do conceito do Observatório e do estabelecimento de parcerias com instituições científicas.
O Observatório inicia suas atividades apresentado pela BG Brasil, mantenedora do Museu.
Um lugar para experimentar
Atento ao impacto dos avanços tecnológicos e às transformações que eles promovem na sociedade, o Museu do Amanhã desenvolveu uma área especialmente dedicada à inovação e à experimentação: o Laboratório de Atividades do Amanhã (LAA).
O LAA tem dois focos principais de atuação: os efeitos e resultados das tecnologias exponenciais – como inteligência artificial, internet das coisas, robótica, genômica, impressão 3D, nano e biotecnologia – e o futuro de determinados temas, como trabalho, urbanização, fabricação e alimentação
Para desenvolver esses tópicos, o espaço desdobra-se em quatro frentes de atuação: educação, atividades, programa de residência criativa e exposições. Na área de educação, os cursos se dirigem a vários públicos, explorando desde a internet das coisas e os dispositivos vestíveis até introdução à robótica e eletrônica, e conexão digital para idosos.
Entre suas atividades, o LAA vai oferecer palestras, grupos de discussão e encontros, além de ações da chamada ‘ciência cidadã’, na qual pessoas sem formação científica trabalham em conjunto com especialistas para desenvolver pesquisas sobre problemas locais e globais. Além disso, vai promover desafios, chamadas criativas e maratonas de programação de softwares.
O programa de residência criativa do LAA vai selecionar inovadores de todo o mundo para que, durante um período de um a três meses, trabalhem em projetos emergentes em sua área de atuação. Os participantes serão escolhidos pela qualidade do trabalho, pela capacidade de promover impactos sociais ou ambientais e pela habilidade de desenvolver projetos em ambientes transdisciplinares. O laboratório também será uma plataforma para pesquisadores, startups, empresas e criativos compartilharem projetos e ideias.
Em suas mostras temporárias, o espaço vai exibir protótipos e estudos sobre novos materiais, além de criações de artistas nacionais e internacionais. A estreia será com os dinamarqueses do coletivo de arte Superflex, que exibem seu trabalho no Rio pela primeira vez. Eles trazem a intervenção Free Beer, que discute os conceitos de open source a partir do desenvolvimento e aprimoramento de uma receita de cerveja artesanal; a interativa Copylight Factory, que trata da questão de direitos autorais por meio da produção de luminárias; e ainda o Passeio das Baratas, atividade que percorre todo o museu e terá integração com o educativo.
O Laboratório de Atividades do Amanhã é apresentado pelo Banco Santander, patrocinador máster do Museu do Amanhã. Além do seu espaço físico, o LAA traz propostas de intervenções em diferentes áreas do Museu – como espelho d’água, jardim, subsolo, loja, fachada, restaurante e seu exterior.
Um canal de diálogo
O Programa de Educação do Museu do Amanhã tem capacidade para receber 90 mil pessoas por ano, com o desafio de que cada uma das visitas seja um encontro para refletir juntos sobre os amanhãs possíveis. Conta com uma equipe interdisciplinar para a realização de visitas mediadas e escolares e propõe eixos temáticos para o debate dos professores com os alunos, trazendo as questões abordadas no Museu, sua arquitetura, a Baía de Guanabara e a região histórica do entorno.
As atividades educativas foram concebidas para incluir e conectar pessoas de diferentes faixas etárias, formações, regiões geográficas e contextos socioeconômicos. Em “Minha avó também faz ciência”, crianças e idosos são convidados a participar de atividades conjuntas, unindo saberes de diferentes formações e épocas, mostrando que o aprendizado é um processo constante.
Já o fórum de debates “Manifestação” reunirá jovens para refletir sobre o Amanhã, com encontros que podem culminar com uma festa na Praça Mauá, em frente ao Museu. No curso modular “Por dentro do Amanhã”, cada experiência do Museu será aprofundada. O programa de acessibilidade, por sua vez, utilizará audioguias, videoguias, visitas em libras e maquetes táteis.
O programa educativo inicia suas atividades apresentado pela BG Brasil, também mantenedora do Museu. Antes mesmo de sua inauguração, o Museu do Amanhã já promoveu atividades de formação com professores de diferentes municípios do estado do Rio de Janeiro.
A partir dos ambientes e das experiências do Museu, foram propostos debates com os professores sobre temas como a relação do homem com o ambiente, consumo sustentável, superpopulação, desigualdade, multiculturalidade, saúde, novas tecnologias e mundo do trabalho.
Também são objeto de estudo a área externa do edifício, a Baía de Guanabara e a região histórica onde o museu está localizado, a chamada Pequena África.
“Nosso trabalho tem como norte a formação em Ciência e Cultura. O objetivo é incentivar o desenvolvimento do pensamento científico, sempre desmitificando a ciência e aproximando-a do cotidiano”, diz a gerente de Educação do Museu, Melina Almada.
Mais informações
Endereço
Praça Mauá, 1 - Centro. Rio de Janeiro, RJ - CEP: 20081-262
Evite ir de carro, não há estacionamento no Museu do Amanhã.
A estação de metrô mais próxima é a Uruguaiana.
Horário de funcionamento
- O Museu do Amanhã está aberto de terça a domingo das 10h às 18h, com encerramento da bilheteria às 17h;
- O Museu e suas dependências estão fechados às segundas-feiras;
- O café e a loja do Museu funcionam de terça a domingo, das 10h às 18h.
Ingressos
- Venda online: clique aqui.
- Formas de pagamento: dinheiro e cartão de crédito ou débito.
Meia-entrada
- Pessoas com até 21 anos;
- Estudantes de escolas particulares;
- Estudantes de universidades particulares e públicas;
- Pessoas com deficiência;
- Servidores públicos do município do Rio de Janeiro;
- Moradores ou naturais da cidade do Rio de Janeiro;
- Clientes Santander.
Gratuidade
- Estudantes da rede pública de ensino fundamental e médio;
- Professores da rede pública de ensino e de universidades públicas;
- Pessoas com até 5 anos ou a partir de 60 anos;
- Funcionários de museus ou associados do ICOM com selo da anuidade;
- Guias de turismo;
- Vizinhos do Amanhã.
Acessibilidade
O Museu dispõe de pisos táteis, rampas, cadeiras de rodas, banheiros adaptados e fraldários.
Filas de entrada
- O Museu do Amanhã está sujeito a lotação;
- Para oferecer uma visita confortável, zelar pela segurança do prédio e respeitar o horário de funcionamento, o Museu encerra suas filas com a antecedência necessária para que todos possam entrar até o fechamento das vendas na bilheteria;
Site
fonte Museu do Amanhã